terça-feira, 17 de junho de 2008

Eu sou...

Image Hosted by ImageShack.us


Mulher, fada, bruxa, xamã...

Eu sou o sol, o vento, a manhã...

Eu sou o alvorecer em cada dia...

Trago o sol para te aquecer...

Sou eu quem ordena à noite...

Para que desvaneça...

No mundo das sombras...

Tuas dores e sofrimentos...

Sou eu quem sorri ao raiar do dia...

Dizendo...Ei, levanta a cabeça... eu trouxe a luz... o calor...

Eu trouxe a alegria... a esperança...

Cada gota de orvalho é uma lembrança do meu amor...

Vê! Eu clareio um novo dia para que tu vejas as flores...

Lindas rosas, cravos, jasmins e seus amigos os beija-flores...

Junto comigo trago as fadas para te dar doçura e ternura...

Trago as sereias para te dar harmonia e acalanto...

Trago os elementais mais lindos, os minimos e os maiores...

Para que estejam contigo...

Para que te tragam alegria e optimismo...

E, quando outra vez, vier a noite... sorri para a lua...

Porque mirando as estrelas...

Terás a certeza que a cada ciclo diário...

Abrirei o caminho para o Deus Solar

E em cada Primavera, serei a jovem donzela...

Renascida e bordada de flores...

Por que sou Eostre, Ostera e Aurora.

(PEQUENA NOTA: Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. É simbolizada pelo primeiro dia de Primavera).

Image Hosted by ImageShack.us

sábado, 17 de maio de 2008

A lenda da gralha azul




Pois foi à fazenda dos Pinheirinhos que veio ter um dia o Fidêncio Silva, homem de grandes negócios, com casa matriz em Curitiba e filial em Ponta Grossa.
Havia muito já que não experimentava descanso daquela agitação comercial em que vivia e a necessidade de um repouso prolongado tornara-se-lhe cada vez mais patente. Ora, Fidêncio Silva era parente afastado da esposa de José Fernandes.
Assim, logo que pensou em descanso, lembrou-se dos Pinheirinhos, longe daquele bulício de transacções e onde o clima não podia ser mais saudável. E não tardou que estivesse a sorver em largos haustos, com evidente contentamento, o ar puro e varrido da campanha guarapuavana.
José Fernandes recebeu-o fidalgamente, como costumava fazer para todos que traziam uma certa importância de responsabilidades. Pôs os Pinheirinhos à disposição do seu hóspede pelo tempo que desejasse: um, dois, três meses e mais se lhe aprouvesse. Ali teria plena liberdade; quando não quisesse sair nas ocasiões de rodeio, poderia ficar em casa, a uma sombra do pomar, folheando qualquer livro da sua biblioteca quase totalmente agrária, mas que possuía, também, alguma literatura. E passeios igualmente não faltariam: um dia voltearia um rincão; outro iria às terras de planta, levando espingarda para espantar algum tateto; hoje faria uma caçada de anta mais para o sertão ou sairia a passarinhar pelos capões; amanhã correria a vizinhança, ouvindo prosa de caboclos; e até pescaria, se quisesse., poderia fazer no picuiry, três léguas sertão adentro.
Dessa maneira não havia como não corressem agradabilíssimos os trinta dias que Fidêncio Silva pretendia passar nos Pinheirinhos. E assim foi. Um domingo depois do almoço, saiu à caça com o fazendeiro. Bem municiados, espingardas suspensas pelas bandoleiras ao ombro, entranharam-se os dois por extenso e tapado capão, “querência certa de muito veado, cutia e quati” - afirmava o José Fernandes. Mas a sua asserção foi logo posta em cheque pela evidência dos fatos: os caçadores não viam um só animalzinho que merecesse chumbo grosso, embora já tivessem andado muito. Passaram então a sondar a ramagem, na esperança de divisar algum pássaro de saborosa carnadura. Em certo momento Fidêncio Silva parou e fez um sinal de silêncio ao companheiro. Depois, engatilhou, apressado, a arma e firmou pontaria, visando a fronde de retorcida guabirobeira. O fazendeiro procurou a caça, erguendo o olhar para a direção indicada pelo cano da espingarda. Súbito, um tremor sacudiu-lhe o corpo, e, de um pincho, esteve ele ao lado de Fidêncio Silva. Mas já era tarde: o rebôo do tiro perdia-se molemente pelas quebradas da mata, soturno, a evocar tristeza naquela quietude frouxa de um mormaço estonteante.
A expressão condoída da fisionomia do José Fernandes durou pouco e de todo desapareceu ao ruflar das asas ligeiras esgueirando- se assustadiças por entre as tramadas franças. O atirador errara o alvo e, boquiaberto, todo interrogação, estacava os olhos no fazendeiro, que, ainda com a mão no cano da arma, que pretendera desviar antes do tiro partir, desafogava um longo suspiro de satisfação.
- Meus parabéns!, foram as primeiras palavras de José Fernandes, entre irônicas e zombeteiras.
- Parabéns!?, exclamou, ainda mais intrigado, o Fidêncio Silva.
- Então não merece cumprimentos o caçador que erra tiro em gralha azul?
Renovo-os: toque nestes ossos! E estendeu a destra.
- Quero compreender as suas palavras, mas creia, não posso atinar com o porquê de seu arrebatamento de há pouco. Não matar com carga de chumbo um pássaro do tamanho dessa gralha, concordo que seja péssimo atirador; porém...
- Não. Não o censurei por errar. Muito pelo contrário: apresentei-lhe os meus sinceros parabéns. Confundido, meio envergonhado, o Fidêncio Silva confessou:
- O amigo tem, então, duas coisas para explicar-me.
- Uma só, uma só. Emendou logo o fazendeiro. Há coerência entre as minhas palavras e a anterior atitude. Eu lhe conto tudo. Sente-se aí nesse tronco caído e escute-me.
O negociante obedeceu maquinalmente. Depois tirou de um lenço e pôs-se a enxugar o suor que lhe escorria pelo rosto, enquanto que, largando o corpo preguiçosamente sobre a trançada grama, José Fernandes foi falando assim:
- Era no inverno, quinze anos atrás. Havia muita seca e o gado caía de magro. Certa tarde montei o cavalo e saí a costear banhados e percorrer sangas, na esperança de salvar alguma criação que porventura se atolasse ao saciar a sede. Levava comigo uma velha espingarda de ouvido, que sempre me acompanhava, porque naquele tempo não poupava graxaim que encontrasse pelo campo, a negociar leitões e carneirinhos. Pois bem, regressava para casa., vagaroso, o pensamento nos grandes prejuízos que a seca estava ocasionando, quando vi um bando de gralhas azuis descer à beira de um capão, entre numeroso grupo de pinheirinhos. Para afugentar, ainda por pouco, a minha tristeza, acrescida pelo fato de ter naquela volteada encontrado mais duas reses estraçalhadas pelos corvos, resolvi dar caça àqueles animaizinhos. Aproximei-me cauteloso, apeando a respeitosa distância. Não muito longe, deti-me à sombra de um pinheirinho e contemplei, por instantes, o bando. Eram poucas as gralhas, e notei que revolviam o solo com o bico. Fazer pontaria e puxar gatilho foi obra de um momento. Mas, ai! Que horrível o segundo que se lhe seguiu: a espoleta estraçalhou-se e vários estilhaços, de mistura com resíduos da pólvora, vieram dar em cheio em meu rosto. Tonteei, bambearam-se- me as pernas e caí sobre a macega. Quanto tempo estive desacordado, não lhe sei dizer. Antes, porém, de recuperar os sentidos, quando o sol já se encobria por trás da mata, um pesadelo fabuloso, qual uma história de fadas, gravou-se-me na memória. Revi-me de arma em punho, pronto para fazer fogo. Quando o fiz, iluminou-se o alvo e, aberta as asas brilhantes, o peito a sangrar, veio ele de manso, se achegando a mim. Os pés franzinos evitavam os sapés esparsos pelo chão e o andar esbelto tinha qualquer coisa de divino. Dardejante o seu olhar, estremeci ante aquela figura de ave e deixei cair a arma. Estático já, estarreci ao ouvir os sonoros e compreensíveis sons que aquele delicado bico soltava naturalmente.
Dizia a gralha: “És um assassino! Tuas leis não te proíbem matar um homem? E quem faz mais do que um homem não vale pelo menos tanto quanto ele? Eu, como humilde avezinha, entoando a minha tagarelice selvagem como o marinheiro entoa o seu canto de animação na véspera de praticar seus feitos, faço elevar-se toda essa floresta de pinheiros; bordo a beira das matas com o verdor dessas viçosas árvores de ereção perfeita; multiplico, à medida de minhas forças, o madeiro providencial que te serve de teto, que te dá o verde das invernadas, que te engorda o porco, que te locomove dando o nó de pinho para substituir o carvão-de-pedra nas vias férreas. E ignoras como eu opero!...
Vem. Acompanha-me ao local onde me interrompeste o trabalho, para aprenderes o meu doce mister. Vês? Ali está a cova que eu fazia e, além, o pinhão já sem cabeça, que eu devia nela depositar com a extremidade mais fina para cima. Tiro-lhe a cabeça porque ela apodrece ao contato da terra e arrasta à podridão o fruto todo, e planto-o de bico para cima a fim de favorecer o broto. Vai. Não sejas mais assassino. Esforça-te, antes, por compartilhar comigo nesta suave labuta.”
A gralha desapareceu e eu voltei à razão. Levantei-me a custo e fui ter ao local escavado pelas aves, uma das quais jazia com o peito manchado de sangue, ao lado de um pinhão já sem cabeça. Admirado, verifiquei a certeza da visão: mais adiante cavouquei com as mãos a terra revolvida de fresco e descobri um pinhão com a ponta para cima e sem cabeça. O José Fernandes fez uma pausa e depois concluiu, mal encobrindo a sua alegria:
- Aí está, caro Fidêncio, como vim a ser um plantador de pinheiros. Quero valer mais que um homem: quero valer uma gralha azul!
Lendas Brasileiras




Image Hosted by ImageShack.us

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Escolhas do momento....para durar uma vida inteira

Image Hosted by ImageShack.us

Dê uma boa olhadela ao seu redor, e entenda que sua vida agora mesmo
é o resultado de todas as suas escolhas no passado.
Você gosta do que vê?
Certamente você andou muito para chegar até aqui.
Você sobreviveu e deu um jeito de estar onde está.
Existem coisas que poderiam melhorar?
Provavelmente.
Existem lugares que você gostaria de conhecer, coisas que gostaria de fazer?
Você consegue imaginar a sua vida sendo ainda melhor,
ainda mais gratificante e emocionante do que é hoje?
Então, como chegar lá?
Do mesmo jeito que chegou até aqui :
como resultado das escolhas que você faz.
Existem Escolhas, e existem escolhas.
Geralmente prestamos muita atenção às grandes decisões:
faculdade, casamento, a primeira casa ou apartamento.



Mas, freqüentemente, as decisões mais poderosas são as "pequenas",
aquelas que fazemos um dia depois do outro :
fazer ou não mais uma visita, dar aquele telefonema,
acordar um pouco mais cedo para fazer exercício,
a atitude com que encaramos o dia a dia no trabalho.
A qualidade da sua vida é um resultado direto das escolhas que você faz. E cada momento na sua vida é uma escolha.
O futuro aproxima-se no mesmo ritmo de sempre.
Então preste atenção nas suas escolhas,
pois são elas que moldarão, activamente, o resto da sua vida.



Image Hosted by ImageShack.us

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Regozijo do Tempo






A demência do tempo emana de um sentimento , porém nascida de uma corrente de afago poético.

Como um agoiro metamórfico que se deixou catapultar para um delírio de ninfeta poisada na linha da existência.

Sorriso arrojado de uma montanha afumada pelo sublime descontentamento do tempo.

Eternidade a um instante de réstia moral... ou mortal.

Image Hosted by ImageShack.us

segunda-feira, 31 de março de 2008

Para reflectir...

Image Hosted by ImageShack.us



Lembra-te


Se estás triste porque perdeste o amor,

Lembra-te daquele que não teve amor para perder.

Se estás decepcionado com alguma coisa,

Lembra-te daquele cujo nascimento já foi uma decepção.

Se estás cansado de trabalhar,

Lembra-te daquele que angustiado, perdeu seu emprego.

Se reclamas de uma comida mal feita,

Lembra-te daquele que morre faminto sem um pedaço de pão.

Se um sonho foi desfeito,

Lembra-te daqueles que vivem num constante pesadelo.

Se andas aborrecido,

Lembra-te daqueles que esperam um sorriso teu.

Se tu tiveste :

Um amor para perder,

Um trabalho para cansar,

Um sonho desfeito,

Uma tristeza para sentir,

Uma comida para reclamar...

Lembra-te de agradecer por tudo isso que tens,

Porque existem muitos que dariam tudo

Para ficar no teu lugar.

Image Hosted by ImageShack.us